segunda-feira, 28 de abril de 2014

Sentados no Sofá: 50/50

 Gênero: Drama/Comédia 
Direção:  Jonathan Levine
Elenco: Joseph Gordon-Levitt, Seth Rogen, Anna Kendrick
Tempo: 1h40min
tulo Original: 50/50
Lançamento: 2011

Inspirado em fatos reais. Adam (Joseph Gordon-Levitt) tem apenas 27 anos e descobre que está com câncer. O problema é que ele não fumava, não bebia e foi difícil entender porquê foi aparecer um tumor em sua vida. Mas para ajudar a enfrentar essa pedreira ele vai contar com a ajuda de seu melhor amigo Kyle (Seth Rogen), um cara muito alto astral, e também de uma analista (Anna Kendrick) que não é de se jogar fora. Dessa forma parece até que suas chances de sobrevivência em torno dos 50% não tão ruins assim. Será que não mesmo?

Quando se pega um filme desse estilo para assistir, já é possível prever lágrimas com o final. Com 50/50 não foi diferente. Só mesmo uma pessoa com o coração de pedra é capaz de resistir às cenas finais, mas apesar de todo o drama, o final é uma das maiores surpresas, e não consegui não sorrir com o desfecho simples, mas tão bonito, que consegue captar tudo, sem ser forçado. Ao assistir, é possível perceber que ele vai além de apenas entreter e emocionar, passando uma mensagem importante e tocante. 

Joseph já se mostra talentoso, em minha opinião um dos atores jovens mais talentosos da atualidade, e encarna o papel convicção e realismo. Sean não está diferente dos seus papeis habituais, mas seu personagem quebra um pouco a carga dramática. Anna (que já foi indicada ao Oscar) mostra seu talento nas poucas cenas que aparece, e seu carisma é evidente na personagem, o que me fez ficar curiosa para conhecer mais da carreira da atriz.

A trilha sonora é impecável. Souberam escolher as músicas e encaixa-las na trama perfeitamente. O filme é cômico, sem ser forçado, um humor negro saudável, eu diria. O drama também não é exagerado e acredito eu que isso ocorre por ser baseado em uma história real. Uma coisa que gostei, e que diferente dos filmes que tratam do tema, esse não é feito exclusivamente para chorar, apesar de acontecer mesmo assim, ele não abusa da emoção, como a maioria tenta, muito pelo contrário, a todo momento, ele envolve o drama com o humor, de forma que fique balanceado e natural.

Não irei me estender nessa resenha, porque ao terminar de ver, fiquei com a sensação de que esse é tipo de filme que você não precisa falar muito ou divagar sobre a história com a alguém. Ele é simples de fácil compreensão, mas mesmo assim tocante e belo. Enfim, 50/50 não é o melhor filme que já vi, mas acredito que me lembrarei dele por seu estilo cômico e drama real, atuações magnificas, trilha sonora impecável e um final que não poderia ser melhor. A mensagem do filme pode não estar explicita, mas é possível notar que o objetivo é nos fazer refletir. Indico, sem dúvida, e mesmo que você termine de assistir com algumas lágrimas nos olhos, acredito que, assim como eu, ficará sorrindo satisfeita. 

Boa Pipoca ;D

sexta-feira, 25 de abril de 2014

A Elite - A Seleção #2 - Kiera Cass


Essa resenha CONTÉM Spoilers do livro anterior, então leia por sua conta e risco.

*Resenha de A Seleção



Autor(a): Kiera Cass
Editora: Seguinte
Ano de lançamento: 2013
Páginas: 360
Classificação: 

A Seleção começou com 35 garotas. Agora restam apenas seis, e a competição para ganhar o coração do príncipe Maxon está acirrada como nunca. Só uma se casará com o príncipe Maxon e será coroada princesa de Illéa. Quanto mais America se aproxima da coroa, mais se sente confusa. Os momentos que passa com Maxon parecem um conto de fadas. Quando ela está com Maxon, é arrebatada por esse novo romance de tirar o fôlego, e não consegue se imaginar com mais ninguém. Mas sempre que vê seu ex-namorado Aspen no palácio, trabalhando como guarda e se esforçando para protegê-la, ela sente que é nele que está o seu conforto, dominada pelas memórias da vida que eles planejavam ter juntos.

America precisa de mais tempo. Mas, enquanto ela está às voltas com o seu futuro, perdida em sua indecisão, o resto da Elite sabe exatamente o que quer — e ela está prestes a perder sua chance de escolher. E justo quando America tem certeza de que fez sua escolha, uma perda devastadora faz com que suas dúvidas retornem. E enquanto ela está se esforçando para decidir seu futuro, rebeldes violentos, determinados a derrubar a monarquia, estão se fortalecendo — e seus planos podem destruir as chances de qualquer final feliz.

Depois de uma "ressaca" de As Crônicas do Gelo e Fogo, eu queria algo leve. E como falta pouco tempo para o lançamento de "A Escolha" e eu ainda não tinha nem A Elite, sabia que seria uma ótima oportunidade para colocar a leitura em dia e ainda ler algo leve. Eu gostei de A Seleção. Gostei muito. E isso tornava a tarefa de não criar expectativas difícil, já que tudo parecia conspirar para eu gostar mais ainda de A Elite. Infelizmente isso não aconteceu. Apesar de ter devorado rapidamente (pontos para Kiera Cass pela narrativa tão atraente que quase não dormi), muitas vezes senti vontade de fechar o livro, pois a atitude irritante de alguns personagens quase ofuscaram os ótimos momentos da leitura (que apesar de tudo, ainda são muitos). Mesmo assim, ainda pude apreciar a sensação de fechar o livro com um grande sorriso satisfatório.

"Não importava o que viesse, eu enfrentaria. Tinha que enfrentar"

Os personagens (que foram a melhor coisa em A Seleção) estavam confusos. Maxon foi minha maior decepção. Quando li o livro anterior, me encantei por ele e tinha certeza de que ele permaneceria para sempre na minha lista de Maridos Literários, mas o Maxon desse livro... Parecia quase outro. De certa forma, foi bom, para ele não se mostrar sempre "O Príncipe Perfeito", mas as suas atitudes algumas vezes iam contra aos ideias do personagem que eu havia conhecido. Claro, havia momentos em que ele voltava a ser incrivelmente fofo e eu me derretia, mas na maioria das vezes, eu simplesmente não o reconhecia e isso foi uma grande (ENORME!) decepção. Ainda não li O Príncipe (conto de sua narração, que acontece antes de A Seleção), mas pretendo fazer. Talvez isso me ajude a entender melhor o que aconteceu com o personagem - ou talvez não - mas mesmo assim, não acho que sua personalidade voltará a ser tão marcante para mim como havia sido no primeiro livro.

"Toda hora, eu olhava para o meu coração e comparava Maxon e Aspen, mas nenhum deles se sobressaía. A não ser, talvez, quando eu estava sozinha com um deles. Neste exato momento, por exemplo, eu estava tentada a prometer à Maxon que ficaria a seu lado no final."

America, que tinha se mostrado uma protagonista incrível me irritou bastante, e por o livro ser narrado por ela, fiquei me perguntando onde aquela garota que tinha me encantado tinha ido parar. Tudo o que mais me fazia gostar nela, me fez odiá-la. Ao mesmo passo que eu queria que as coisas acontecessem ao seu favor, pro conta de seu senso de justiça que eu admiro, eu queria que ela se ferrasse para ver, se em algum momento, ela acordava e percebia que nem tudo girava em torno de sua decisão. Hello, tem coisas acontecendo, rebeldes estão invadindo o palácio, garotas estão lutando pela coroa com unhas e dentes enquanto você fica ai dando sopa e se lamentando, porque você é uma Cinco e sofreu mais que as outras e bláblá... Poxa, América. Acorda, nem tudo gira em torno de você.

"Tempo. Eu vinha pedindo muito tempo ultimamente.
Tenho a esperança de que se tivesse tempo suficiente, tudo ia se resolver.”

Tudo isso significa que eu mudei de Team? Não sei, já que ainda não consegui formar uma opinião sobre Aspen, mesmo tendo achado que o faria, mas ele não se posicionou em nenhum momento, e isso não conseguiu me conquistar. Talvez eu mude de ideia ao ler O Guarda (Conto de sua narração que se passa durante A Elite), mas ainda não sei.... Ainda gosto muito de Maxon, gosto verdadeiramente dele (Dele mesmo, não esse que veio parar no seu lugar na maior parte desse volume). Mas não só suas atitudes, mas as de America, me fizeram questionar muita coisa...  No fundo, ainda torço por Maxon, não importa o que tenha acontecido com ele. Mas para mim, um "Como" vale muito mais do que um "Quem" nesta história. E espero sinceramente que a autora pense como eu.

"De repente me lembrei que Aspen sempre foi assim. Ele sacrificou noites de sono por mim, arriscou ser pego depois do toque de recolher por mim, juntava moedas para mim. A generosidade de Aspen era mais difícil de ser vista porque não era tão grandiosa quanto a de Maxon, mas o sentimento por detrás do que ele cedeu era muito maior."


Se alguém aqui leu minha resenha do primeiro livro da Série, deve saber que eu disse quase não estava presente no livro. Ela existia, mas era apenas um plano de fundo para que o romance pudesse acontecer. Neste livro, a Distopia está de volta, porém de forma mais audaciosa e forte que no outro livro, ainda não é um Jogos Vorazes, e não faria sentido se fosse, mas a mudança foi boa o bastante para instigar sobre tudo o que isso significa. Isso foi uma das coisas que mais gostei, pois saímos da atmosfera do “romance” para sermos levados até um cenário mais real e curioso. O que me preocupa é que ao invés de a autora responder algumas (pelo menos algumas, né Kiera) das perguntas, ela me deixou mais confusa ainda, e não sei se o próximo livro dará conta de responder tudo sem que fique confuso ou bagunçado.

"Não era como se a minha presença fizesse o mundo dele mais feliz. A sensação que eu tinha era de ser o mundo dele."

Ela também foi muito audaciosa ao fazer algo que eu nunca esperaria com uma das minhas personagens favoritas. Fiquei chocada e chorosa (chorosa é pouco pra descrever), mas admito que admiro o que a autora conseguiu fazer de forma que não ficasse muito irreais. Apesar de ter me irritado com America, a autora soube construir bem a narrativa, como eu já disse, e as coisas simplesmente fluem, enquanto as páginas passam rápido demais. Apesar da narrativa gostosa, o que incomodou bastante foi o fato do livro ser tão inconstante que chegava a ser um pouco chato. Claro, ninguém gosta de uma trama parada e sem surpresas. Mas as coisas acontecem rápido e várias vezes. Nem consegui contar quantas vezes America promete o coração a Aspen e no capítulo seguinte já faz o mesmo com Maxon... Isso... Essa oscilação nos sentimentos da personagem me fez ficar cansada da história e muitas vezes achá-la imatura (E olha que eu só tenho treze anos...) e no final, foi isso que mais me incomodou no livro.

"Como quando eu penso que eu entendo o que está acontecendo comigo, e então algo muda, e os meus sentimentos mudam”.

A capa é linda. Eu simplesmente me encantei pelo padrão criado. A cor é chamativa e combina com o primeiro volume perfeitamente. A editora trabalhou bem na diagramação. Não encontrei nem um errinho e se teve, passou totalmente despercebido. As letras são de um tamanho bom e as páginas são amarelas. Além do mais, cada capítulo começa com uma coroa incrivelmente fofa.

" Você tem alma de líder, America. Você tem uma boa cabeça, tem vontade de aprender; tem ainda o que talvez seja mais importante: compaixão. Isso é algo de que esse país carece mais do que você imagina. Se você quer a coroa, America, aceite-a. Porque ela deve ser sua. "

Estou curiosa para A Escolha. Não tem como não ficar, porque a trilogia tem muito potencial, além de ser divertida. Claro, é decepcionante para mim, tendo em vista que tudo começou tão bem e poderia ter sido muito melhor, mas não foi ruim. Estou um pouco apreensiva, pois acho que vai ser muita informação para se tratar em apenas um livro (a não ser que ele seja enorme, mas não é padrão da série) mas ainda acho que a autora tem a chance de fechar muito bem a Trilogia, e espero que o faça. Talvez vocês não concordem com a minha opinião, tendo em vista que muita gente gostou mais desse livro, mas mesmo parando para refletir sobre as coisas, não consegui ter outros sentimentos se não os que formam escritos aqui. 

"Mas o ponto importante não era como eu me sentia com relação ao problema; era o que eu faria com ele."

terça-feira, 22 de abril de 2014

Tag - Séries

Oi gente. Depois de um feriadão desse, deve estar todo mundo desanimado pra voltar a rotina normal não é, hahaha. Por isso, pra gente dar uma descontraída, resolvi responder uma Tag pelo Biel, do Meu Jardim Literário (Thanks, Darling ;3). Já que uma das minhas maiores paixões são séries, curti bastante. Vamos conferir minhas respostas?

1 - Qual é sua série favorita de todos os tempos?

Minha resposta deve ser a mais clichê possível, mas eu não consigo negar, sou completamente apaixonada por Friends. Foi um tipo de "amor à primeiro episódio" depois que eu assisti um "solto" na Warner, logo depois tive que dar um jeito de ver todos os episódios. Desde a primeira temporada. 


I'll be there for you <3


2 - Qual é o seu personagem favorito de todos os tempos?

Outro clichê, mas clichês são bons gente hahaha Esse título merece ser de Sheldon Cooper simplesmente por ele ser Sheldon Cooper <3

Tenho medo do sorriso dele XD

3 - Cite uma série na qual você se viciou.

Skins. Foi uma febre total, do tipo, eu não conseguia dormir sem que terminasse a temporada, tinha vontade de quebrar a tela do computador toda vez que alguém fazia besteira (muitas vezes, muitas e muitas vezes hahaha), quase pirei quando meu Notebook quebrou e eu fiquei impossibilitada de assistir, saia colocando minhas frases favoritas no Status do Whatsapp, a música de abertura virou o toque do meu celular por vários meses e as pessoas (conhecidas ou não) tinham que me aguentar falando por horas sobre tudo o que aconteceu e sobre como eu amava/odiava um determinado personagem. Estou superando ainda, por isso não falem o nome desta série perto de mim hahaha 

We are a mess, we are failures, and we love it <3


4 - Cite um personagem com o qual você tem algo em comum.

Essa foi difícil. Na verdade, passei minutos lembrando minhas séries favoritas e listando os personagens que tinham algo a ver comigo, o resultado não foi muito bom, já que quase todos os personagens que me vieram a mente são irritantes, mas definitivamente é a Rachel Berry de Glee. Simplesmente não tem como fugir, tenho certeza de que os diretores/produtores/roteiristas se inspiraram em mim para criá-la. Não vou citar o que temos em comum porque esse post vai ficar maior ainda...

"Eu sou como a sininho, Finn. Preciso de aplausos para viver"



5 - Cite uma série que todo mundo gosta (ou gostou) e você não.

True Blood. Eu assisti porque tava em alta e eu queria entender o porquê, mas não consegui terminar a primeira temporada. Quero terminar de ver, pra saber se pelo menos, consigo mudar de opinião.

True Blood

6 - Qual sua séria favorita dos últimos tempos?

Eu tenho umas coisa estranha com séries. Assisto mais do que é saudável e ninguém me segura quando vicio, mas geralmente largo tudo no meio (os motivos são: meu shipp não aconteceu, e provavelmente não acontecerá, o que me desanima MUITO. Mas fico acompanhando os Spoilers, então se acontecer alguma coisa interessante, eu revejo tudo), por isso é muito difícil dizer se tenho uma série favorita atualmente, mas por ter me prendido de um jeito inimaginável, eu me sinto na obrigação de citar Skins (sim, de novo), por ser um dos meus vícios mais recentes. 




7 - Cite um protagonista que você não gosta, mas curte a série.

Marissa Cooper de The O.C. Okay, ela é a mocinha, todo mundo ama, a série "desandou" ela (só no sentido da audiência, porque eu amo a Quarta Temporada), mas não curto ela. Gostei bastante da personagem na primeira temporada, a segunda eu já estava com um pezinho atrás e na terceira foi totalmente ARG! Bastava ela aparecer e eu já torcia o nariz, por isso sempre preferi o Ryan com qualquer outra pessoa (Taylor <3). Na verdade, eu até gosto dela, mas o fato de ela ser só se meter em confusões e prejudicar os outros me deixou meio irritada com a personagem. Mesmo assim tenho que admiti que chorei horrores com o desfecho da Girl Problem... :'(


8 - Você assiste (ou assistia) alguma série brasileira?

Sim, bastante até. Além das da Globo que eu vejo quando estou com insônia, assisto quase todas as do MultiShow, minha favorita é Adorável Psicose. 

domingo, 20 de abril de 2014

Resultado da promoção: Ingressos para o Filme Divergente

Finalmente, consegui organizar esse post para postar o resultado do sorteio (XD). A promoção foi bem rapidinha, mas rendeu mais participações do que eu imaginei. Muito obrigada galera ;)
Enfim, aqui vai o resultado:

O vencedor que leva o primeiro par é:








O Segundo vencedor é:















O Terceiro vencedor é:
















O Quarto vencedor:
















O Quinto vencedor:















O Sexto vencedor:





O Sétimo Vencedor:






E o Oitavo e último vencedor:







É isso aí galera, muito obrigada por todas as participações. Estarei enviando um e-mail para todos os vencedores ;)

Feliz Páscoa! <3

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Promoção Relâmpago - Ingressos para o Filme Divergente



Estrelado por Shailene Woodley e Theo James estréia amanhã nos cinemas brasileiros e está é sua chance de faturar um par de ingressos para assistir essa mais nova adaptação, que promete ser sucesso. São oito pares de ingressos para oitos sortudos, e corre, porque a promoção termina neste sábado (19/04). Confiras as regrinhas para participar:



  • Seguir o Blog.
  • Comentar nesta postagem ou no post na página do facebook do blog: o nome e e-mail.
  • Curtir a página oficial do filme: https://www.facebook.com/DivergenteOFilme?fref=ts
  • Residir em território nacional
  • Os ingressos serão enviados em até 3 (três) dias após o envio dos dados do vencedor. (O Blog não se responsabiliza por possíveis extravios cometidos pelos correio) 

Pronto, super simples, não é? Não deixe de participar. ;)

domingo, 13 de abril de 2014

Sentados no Sofá: Clube da Luta

Gênero: Drama/Suspense 
Direção:  David Fincher
Elenco: Edward Norton, Brad Pitt, Helena Bonham Carter 
Tempo: 2h19min
tulo Original: Fight Club
Lançamento: 1999

Jack (Edward Norton) é um executivo jovem, trabalha como investigador de seguros, mora confortavelmente, mas ele está ficando cada vez mais insatisfeito com sua vida medíocre. Para piorar ele está enfrentando uma terrível crise de insônia, até que encontra uma cura inusitada para o sua falta de sono ao frequentar grupos de auto-ajuda. Nesses encontros ele passa a conviver com pessoas problemáticas como a viciada Marla Singer (Helena Bonham Carter) e a conhecer estranhos como Tyler Durden (Brad Pitt). Misterioso e cheio de ideias, Tyler apresenta para Jack um grupo secreto que se encontra para extravasar suas angústias e tensões através de violentos combates corporais.

É muito difícil falar deste filme sem dar Spoiler. Este é o meu grande dilema: sempre que acho um filme perfeito, sem nenhum falha, para resumir, um filme extraordinário, não consigo me expressar, por isso falarei pouco, porque qualquer coisa que eu possa dizer, será pouco diante da grandiosidade deste filme. Só tive a oportunidade de assistir o Clube da Luta agora e fiquei muito surpresa pelo tema abordado. No inicio fiquei me perguntando "O que tem a ver o consumismo com luta?", mas com o desenrolar da história, vamos vendo que a primeira luta travamos é com nós mesmos, nosso interior. Porque a necessidade de comprar coisas que nem mesmo precisamos? Quanto mais trabalhamos, quanto mais compramos, vamos nos afastando das pessoas e virando escravos de objetos

Isso é o dilema que o protagonista vive. É bem sucedido profissionalmente, mas tem um vida vazia. Ele começa a sofrer de insônias e nas diversas noites acordados, compra compulsivamente coisas aleatórias que lhe parecem interessantes,  mas não necessárias. Por conta disso, ele começa a frequentar diversos grupos de apoios e só quando se depara com problemas piores com os dele, é que ele começa a se sentir melhor e finalmente consegue voltar a dormir. É então, nesses grupos de apoio, que ele conhece Marla Singer (interpretada brilhantemente por Helena Bohnam Carter), uma farsante, assim como ele, que frequenta todos os mesmos grupos de apoio. Ele começa a se sentir incomodado, pois a mentira dela, reflete sua própria mentira. 

Em uma viagem de negócios, ele conhece Tyler, um simpático vendedor de sabão, que vive a vida ao extremo, sem medo da morte. Ambos viram amigos e juntos, fundam o Clube da Luta, um lugar onde os homens lutam para extravasar o estresse de suas vidas vazias, de forma terapêutica. Mas as coisas começam a ficar fora de controle, dando incio ao chamado "Projeto Destruição", que visa tomar medidas drástica para por fim ao capitalismo. 

O trio de protagonistas é incrível. Edward Norton mostra todo o seu talento em um papel em diversas fases de um personagem aparentemente simples, mas muito complexo. Brad Pitt, já grande conhecido, está brilhante e não estou me equivocando ao dizer que este foi um dos seus melhores papeis. Helena Bonham Carter acompanha bem o resto do elenco e se destaca em todas as cenas presentes. O cenário do filme é curioso, todo sujo e bagunçado. A fotografia é tão intensa quanto o filme todo e a trilha sonora compõe isso muito bem, tanto que foi indicado ao Oscar. 

O filme é muito longo, mas mesmo assim, não conseguimos nem mesmo piscar. Uma coisa interessante é que, por ser narrado pelo protagonista, um ritmo é instalado, o que faz com que as coisas se tornem menos cansativas. Com uma dura crítica ao capitalismo e a sociedade consumista, Clube da Luta se consagra entre os melhores da época, e nos dias de hoje, o tema consegue ser tão atual quanto foi em seu lançamento, na verdade, hoje em dia, somos capazes de nos identificar ainda mais com tudo que é apresentado.

O filme tem cenas fortes, de fato. Homens brigando, sangue, explosões, tudo o que os amantes de grandes ações devem adorar - e pessoas como eu, repudiar. Mas mesmo não gostando de coisas assim, devo dizer que gostei muito de Clube da Luta. Aqui, a violência é apenas um pano de fundo para algo bem maior e é a mensagem que o filme passa que o torna genial. O roteiro é ousado, ele ri da sua cara o tempo todo, ri da nossa atual sociedade e é essa ousadia que faz com ele entre para a minha lista de favoritos. O final é igualmente ousado, as atuações são ousadas, o filme por si só esbanja ousadia de uma forma tão genial e complexa que necessita ser assistido. Simplesmente genial. 


"Trabalhamos em empregos que não gostamos para comprar um monte de coisa que não precisamos."


Boa Pipoca ;D

terça-feira, 8 de abril de 2014

Em Chamas - Jogos Vorazes #2 - Suzanne Collins

Em Chamas
Autor(a): Suzanne Collins
Editora: Rocco
Ano de lançamento: 2011
Páginas: 416
Classificação: 

*Contém Spoilers do Primeiro Volume da Trilogia

Depois da improvável e inusitada vitória de Katniss Everdeen e Peeta Mellark nos últimos Jogos Vorazes, algo parece ter mudado para sempre em Panem. Aqui e ali, distúrbios e agitações dão sinais de que uma revolta é iminente. Katniss e Peeta, representantes do paupérrimo Distrito 12, não apenas venceram os Jogos, mas ridicularizaram o governo e conseguiram fazer todos - incluindo o próprio Peeta - acreditarem que são um casal apaixonado. A confusão na cabeça de Katniss não é menor do que a das ruas. Em meio ao turbilhão, ela pensa cada vez mais em seu melhor amigo, o jovem caçador Gale, mas é obrigada a fingir que o romance com Peeta é real. Já o governo parece especialmente preocupado com a influência que os dois adolescentes vitoriosos - transformados em verdadeiros ídolos nacionais - podem ter na população. Por isso, existem planos especiais para mantê-los sob controle, mesmo que isso signifique forçá-los a lutar novamente.

Após terminar o primeiro volume de um livro surpreendente, sempre fico receosa que seu próximo volume caia na "Maldição do Segundo Livro", e não consiga cumprir minhas expectativas. Com Em Chamas não foi diferente, na verdade, foi bem pior, já que o livro é tão bem falado, e o favorito entre os fãs da trilogia. Felizmente, o livro passa tão longe da maldição e consegue ser milhões de vezes melhor que o seu primeiro volume (o que eu imaginava ser algo difícil de acontecer, reconheço). Com ação, romance e cenas fortes e intensas capazes de nos fazer chorar, rir e gritar, Em Chamas mostra uma realidade dura através dos olhos de uma das personagens mais brilhantes que eu já conheci.

“Porque, às vezes, acontecem coisas com as pessoas com as quais elas não estão preparadas para lidar.”

Após vencerem o Jogos Vorazes de forma inusitada, Katniss Everdeen e Peeta Mellark precisam continuar com o romance que criaram na arena, mesmo que os sentimentos de Katniss não tenham se mostrado tão verdadeiros quanto os de Peeta. É a partir daí que os primeiros sinais de uma revolta acontece, o que deixa a Capital preocupada com quanta a influência os dois podem exercer sobre o povo de Panem. Snow então dá a Katniss a alternativa de tentar de novo, mas dessa vez, realmente. Ela tem que fazer com que todos acreditem que o truque da arena foi por amor a Peeta, e não um ato de rebeldia contra a Capital. Apesar de concordar, a personalidade forte de Katniss impede que as coisas são saiam como planejado, e torna a situação ainda pior. Eis que surge a ideia perfeita, já que a Capital não pode simplesmente eliminar Katniss e Peeta, eles precisam dar um jeito de mantê-los na linha. Nem que pra isso precisam fazer com que eles lutem de novo.

"O Massacre Quaternário acontece a cada vinte e cinco anos, marcando o aniversário da derrota dos distritos com comemorações de alto nível e, para garantir uma diversão extra, algumas mudanças terríveis para os tributos. "


Eu estava com um pé atrás quando soube que eles iriam novamente para os Jogos. Afinal, é estranho pensar que a autora repetiria o enredo do primeiro livro, mesmo que tenha dado incrivelmente certo. Mas foi ai que eu me enganei (de novo), o livro não se centra somente nos Jogos, ele é só mais uma parcela (extremamente necessária, mas ainda é só uma parcela), mas vai muito além. Conhecemos uma "Katniss-pós jogos" e apesar de ainda ter a mesma personalidade, neste livro, vemos os danos que os Jogos lhe causaram, coisas pequenas, mas que fazem muita diferença no crescimento do personagem. Peeta está mais encantador do que nunca (isso é possível?), o que só me fez suspirar ainda mais pelo personagem, mas que também sofre com os traumas da arena. Haymitch é mais uma vez o responsável pela dose de "diversão" na trama, pelo seu humor ácido. Ele é realista, inteligente e me arrisco a dizer que ele é sem dúvida nenhuma o personagem mais genial da trama, independente de sua participação limitada. 

"- Eu gostaria de poder congelar este momento, aqui, agora e viver nele para sempre."

Pra quem pensou que conheceríamos tudo sobre Gale, estava enganado. O personagem é frenquentemente citado e tem uma participação muito maior do que no primeiro livro, mas mesmo assim, sua participação não é tão grande. Ainda não somos capazes de saber muito sobre ele, mas mesmo assim, ele é um personagem muito importante na trama. Somos apresentados também a novos personagens, os vencedores dos jogos anteriores, outro ponto em que eu estava receosa. Obviamente sabia que o acréscimo de personagens era necessário para a trama andar, mas não imaginava que bem menos de 416 páginas seria o suficiente para conhecer todo mundo e me apegar aos personagens antes que eles fossem tirados de mim (Sim, Rue eu falo de você :'c), mas a autora consegue fazer tudo andar de forma natural, sem que pareça que eles estão sendo apresentadas as pressas, e se mostra, mais uma vez, muito eficiente na arte de destroçar corações. 

"Eu observo suas mãos, seus belos dedos capazes. Com cicatrizes, como os meus eram antes da Capital apagar todas as marcas da minha pele, mas fortes e ágeis. Mãos que têm o poder de explorar carvão, mas a precisão de preparar um laço delicado. Mãos que eu confio.”

Mas uma vez, o romance não é tão importante. Claro, temos Katniss e Peeta forjando um romance enquanto ela não tem certeza dos sentimentos pelo seu amigo Gale, mas mesmo assim, o livro vai muito além do romance. Até mesmo o casal principal, queridinho dos fãs, é uma forma de crítica a uma sociedade. Não só Panem, como também a nossa. E é por isso que Jogos Vorazes é muito bom. Porque tudo tem um "porquê" maior e é sempre uma forma de critica inteligente, o que nos faz refletir. A capa segue o padrão do primeiro livro, mas o laranja vibrante (puxado pro vermelho) chama atenção, além do desenho do tordo ter muita relação com a saga. A diagramação está perfeita, não me lembro ter encontrado erros, além disso as letras são em um ótimo tamanho e as páginas amareladas tornam a leitura mais confortável.

"- Você sabe, você poderia viver mil vidas e não merecer ele."

Em Chamas, literalmente, pega fogo, nos faz soar frio, passar a noite em claro e elétricos com todo o poder exercido pela trama, é fantástico, surpreendente e emocionante. A narrativa em primeira pessoa só torna o livro mais envolvente. Suzanne Collins se provou muito mais do que uma boa escritora, e por si só criar um grande legado com uma distopia genial e eletrizante. O livro favorito de quase todos os que leram a trilogia, e não é pra menos, já que consegue superar o primeiro volume e deixar um (enorme) gostinho de quero mais para o terceiro. 

"[...] é surpreendente saber que as pessoas na capital sentem algo por nós. Elas certamente não se importam nem um pouco em assistir a crianças sendo assassinadas ano após ano. Mas talvez conheçam bem demais os vitoriosos, principalmente aqueles que são celebridades há anos, para se esquecerem que são seres humanos. Seria, talvez, como assistir a seus próprios amigos morrerem"

domingo, 6 de abril de 2014

Sentados no Sofá: Precisamos Falar Sobre o Kevin


Gênero: Drama
Direção:  Lynne Ramsay
Elenco: Tilda SwintonJohn C. ReillyEzra Miller 
Tempo: 1h50min 
tulo Original: We Need to Talk About Kevin 
Lançamento: 2012

Eva (Tilda Swinton) mora sozinha e teve sua casa e carro pintados de vermelho. Maltratada nas ruas, ela tenta recomeçar a vida com um novo emprego e vive temorosa, evitando as pessoas. O motivo desta situação vem de seu passado, da época em que era casada com Franklin (John C. Reilly), com quem teve dois filhos: Kevin (Jasper Newell/Ezra Miller) e Lucy (Ursula Parker). Seu relacionamento com o primogênito, Kevin, sempre foi complicado, desde quando ele era bebê. Com o tempo a situação foi se agravando mas, mesmo conhecendo o filho muito bem, Eva jamais imaginaria do que ele seria capaz de fazer.

Precisamos falar sobre o Kevin, é baseado no livro de Lionel Shriver, e é polêmico,. E não é para menos, já que o tema tratado, nos dias de hoje é infelizmente, tão comum em países como Estados Unidos e Canadá, e até mesmo no Brasil. E o filme, que tinha tudo para se perder na confusão de fatos ou não conseguir abordar os assuntos de forma concreta e real, consegue fugir do puritanismo, e de forma intensa, mostra não só um relacionamento tenso entre mãe e um filho sociopata, e como as consequências dos atos deste os afetam posteriormente. 

Já na primeira cena, o filme abusa do vermelho, e ele está presente em quase todas as próximas cenas, quase como um ponto de referencia. Eva é mostrada abatida, cansada e depressiva, e é diversas vezes maltratada pelas pessoas, sendo observada atentamente por pessoas de todas as idades, tendo sua casa e carro pintados de vermelhos e até mesmo sendo agredida na rua. O filme varia entre o passado e o presente, de forma que aos poucos possamos entender o porque dessa atitude das pessoas a sua volta quanto a ela. Um crime, uma chacina, cometida pelo seu filho mais velho, dos quais a maioria das pessoas a culpam. Ela própria se culpa. Em algumas das primeiras cenas, Eva transpira felicidade ao lado de seu marido Franklin, até que uma gravidez indesejada por ela acaba com seus planos. E é então que, algumas cenas depois, somos levados a conhecer Kevin.


Kevin desde pequeno se mostra um garoto diferente. Um bebê que chora de mais, o que causa um grande estresse em Eva. Depois, Kevin cresce um pouco mais e se mostra ainda mais complexo e cheio de personalidade forte, o que provoca uma aversão em Eva ao garoto.  Ele não fala muito ou interage com sua mãe, o que a leva a acreditar que há algo errado com ele, mas os médicos logo lhe dizem que não há com o que se preocupar, já que ele é perfeitamente normal. Mais alguns anos se passam, e Kevin vai se mostrando sádico, desprovido de empatia e evita qualquer tipo de relacionamento com a mãe. Um verdadeiro sociopata. 

As atuações estão magnificas. Tilda Swinton está digna de um Oscar, ao interpretar Eva em diversos aspectos diferentes, mostrando uma infinidade de sentimentos intensos em apenas uma cena. Jasper Newell interpreta Kevin em suas primeiras fases, por volta de Seis/Dez anos, e dá um show de interpretação. Ele consegue fazer um garoto aparentemente doce na frente do seu pai, mas totalmente frio quando se trata de sua mãe. Fiquei surpreendida, e muitas vezes assustada com a atuação brilhante do garoto. Ezra Miller também não fica para trás, ele faz Kevin em sua fase maior, onde o garoto já tem uma personalidade formada. Agressivo e sádico, seus olhares por si só já descrevem um personagem complexo.

O desenrolar das cenas (acompanhado por uma trilha sonora brilhantemente escolhida) nos mostra não só um Kevin agressivo com sua mãe e com sua pequenina irmã mais nova, mas também uma família, que apesar de parecer perfeitamente bem, esconde, nas entrelinhas dezenas de problemas. Eva, não consegue manter um relacionamento saudável com Kevin, que foi indesejado por ela desde começo. Mas ela, por sua vez, é a única que enxerga a verdadeira maldade dele, já que seu marido prefere fechar os olhos para a situação. Este é o principal problema e é aí que está a boa sacada do título, eles, apesar de tudo, não falam sobre o Kevin. 

A fotografia é brilhante, o que só realça a intensidade do filme. A tensão de todo o roteiro, o abuso das cores, tudo isso faz com que seja impossível tirar os olhos do filme. Um filme complexo sobre um tema complexo, que consegue ser real, perturbador e magnifico ao mesmo tempo. Ao fim, somos levados a refletir não só sobre Kevin e Eva, mas sobre o contexto geral. É um filme chocante, cruel, mas que não posso deixar de indicar. 

Boa Pipoca ;D 

quinta-feira, 3 de abril de 2014

A Música que Mudou Minha Vida - Robin Benway

A Música que Mudou Minha Vida
Autor(a): Robin Benway
Editora: Galera Record
Ano de lançamento: 2009
Páginas: 368
Classificação: 

A vida de Audrey Cuttler não tem sido a mesma desde que aquela música chegou ao topo das paradas. Ela só queria ir a shows, andar com seus amigos e, talvez, arrumar um encontro com o gatinho do trabalho, mas agora Audrey é... famosa! Não famosa do tipo coisas-grátis-e-crachás-para-o-camarim. Famosa do tipo paparazzi-escondido-nos-arbustos, o pior-momento-da-sua-vida-estampada-por-toda-a-primeira-página. Tudo por causa da música que o ex - namorado fez sobre o rompimento dos dois - o hit do momento, quer dizer, um desastre! Audrey não quer ser a garota dos refletores, mas uma vez que o mundo decide que ela é uma estrela, será que a sua vida algum dia vai ser normal de novo? Prepare - se para descobrir, porque está na hora da Audrey contar o seu lado da história.


Acabei de terminar o livro e posso dizer sem sombra de dúvida que foi um dos melhores romances "teen" que eu li. Além da narrativa maravilhosa da autora, quotes memoráveis, uma trama criativa e inteligente, os personagens que se tornam seus amigos ao decorrer da leitura, o livro tem uma playlist indescritível, carregada de bandas e músicos maravilhosos, que de alguma forma vão aparacer no seu celular, ou não desgrudar nunca mais da sua cabeça. 

"Juro, se aquela música não fosse sobre mim, se eu nunca tivesse encontrado com Evan, estaria naquele palco sacudindo o corpo que mamãe me deu, de tão viciante que era. Mas, em vez disso, fiquei enraizada no chão e meu queixo estava em algum lugar perto dos meus joelhos."

Audrey é uma adolescente comum, vai a escola todos os dias, precisar trabalhar para ir em todos os show de suas bandas favoritas, tem uma gata gorda e preguiçosa e tem como hobbie fazer colagens de seus ídolos em uma parede no seu quarto e copilar CD's de acordo com seu humor. Mas tudo isso muda drasticamente quando ela decide terminar com seu namorado Evan e ele escreve uma música para ela intitulada "Audrey Wait!" (em português "Audrey, Espere!"). Só que o que ela e nem ninguém esperava era que a música se tornasse um completo sucesso.

'' O dia começou quebrando em cima de mim como uma onda e eu me afundei em uma tina de Loucura de Geleia e finalmente comecei a chorar.''

Quando uma música estoura a vida de um artista muda drasticamente. Fãs, reportes, críticos. Todos os olhos colocados no artista, expetativas e perguntas. Mas vocês já pararam para pensar no outro lado da história? Na pessoa que havia inspirado a música, como a vida dela também é mudada drasticamente? E é isto que este livro fala. Logo que a música se torna um completo sucesso, todos tentam descobrir quem são os Do-Gooders (banda do Evan), mas mais ainda, eles querem saber quem é a tal da Audrey.

"Porém, ninguém me avisou que a minha vida estava prestes a mudar. Não me falaram sobre os paparazzi e editores de revistas e relações-públicas e do advogado que meus pais teriam que contratar. Com certeza, não me falaram que vocês todos iam saber meu nome até o fim do ano.
E isso é tudo que vocês realmente sabem: o meu nome.
Mas agora chega, crianças.
Eis o meu lado da história."

De uma forma bem humorada (na medida certa) e ao mesmo tempo séria, Robin consegue narrar a desesperante história de Audrey, que ganhou uma infinidade de fãs, haters e pessoas tentando ver a todo o momento o que ela está fazendo simplesmente por ter terminado com um cara. Além disso, a autora consegue nos fazer sentir não só o desespero de Audrey com toda esta confusão (que acredite, é bem grande) mas também o dos outros personagens a sua volta, como seus amigos, pais e "paqueras". É impressionante como uma simples música pode mudar a vida de várias pessoas Além disso, as sacadas da autora sobre o mundo da música e fama são incríveis, o que me fez imaginar se a história não foi verídica, afinal. 

"Se quiserem realmente saber algo sobre, têm que saber isso: eu gosto da minha música alta. Quero dizer muito alta. Não estou falando do tipo de alta que seus pais batem na porta do seu quarto e pedem para você abaixar. Por favor. Isso é coisa amador. Quando digo alta, quero dizer tão alta que você-não-consegue-ouvir-seus-pais-batendo-e-os-vizinhos-estão-botando-uma-placa-de-VENDE-SE-na-frente-de-casa-e-se-mudando-para-outro-quarteirão-porque-não-conseguem-mais-aguentar-o-barulho-constante."

Logo que li a sinopse fiquei curiosa, mas ao mesmo tempo apreensiva com a forma como a autora podia tratar do assunto. Fiquei achando que ficaria forçado ou superficial demais, mas ela equilibrou bem a situação, fazendo com que o assunto se tornasse real e o leitor pudesse se sentir dentro das páginas e se apagar aos personagens. E que personagens, hein...! Todo eles são tão marcantes que já estou morrendo de saudade. O livro tem alguns palavrões, não tantos, mas que podem incomodar alguns leitores. Eu por exemplo, não gosto de palavrões (Sou chata XD), mas acho que para a trama jovem se adequada bem e por não serem tantos, não atrapalha a leitura.

“É engraçado como cama, travesseiros e cobertas podem mudar a conversa. As palavras ficam silenciosas e você quer dizer mais e falar menos. É como se pudesse construir seu próprio mundinho. População: 2.”

O mais legal? Tudo gira em torno de música. A música está presente em cada detalhe do livro, por menor que seja. No início dos capítulos, entre as citações, na parede da Audrey. Música é o tema principal do livro e não poderia ser diferente. E mais legal que isso, é que a autora coloca tudo como se realmente tivesse acontecido e os leitores tivessem acompanho cada detalhe pela mídia. Isso faz com que a personagem converse com você a medida que narra, tornando a história mais leve e divertida. A capa do livro também é linda. As cores são fortes e vibrantes e interessante é que na orelha do livro, tem um depoimento da Anna Julia. Sim, aquela do Los Hermanos, que você, (não importa a sua idade) com certeza já cantou.

"Tem que aumentar o volume até o peito tremer e a bateria entrar por entre as costelas como a batida do coração e o baixo subir pela coluna e entortar o cerébro, e tudo o que você pode fazer é dançar ou girar em círculos ou gritar junto porque sabe que, não importa o que a música faça você sentir, é perfeito."

Apesar de ser tão engraçado e adolescente, o livro consegue trazes lições importantes como valorizar as amizades, crescer, mudar, descobrir a si mesma e acima de tudo ensina que você nunca deve terminar com um músico que pode escrever uma canção sobre você e te tornar uma celebridade mundialmente conhecida e odiada (Okay, essa é brincadeira, mas de qualquer forma, fica a dica ;3)  Demorei para ler este livro, principalmente, por nunca conseguir achar em uma promoção bacaninha, mas posso dizer que vale cada centavo. Por fim, devo dizer que os diálogos criativos e engraçados, as diversas referencia a cultura Pop no geral me encantaram e me fizeram não só gostar deste livro, como favoritá-lo. Sério. Um. Dos. Melhores. Livros. Que. Já. Li. Indico não só para aqueles que valorizam um bom romance teen e uma boa música, mas para todos aqueles que estão lendo essa resenha. Pare agora tudo o que você está fazendo, e vá logo ler este livro. 

“- Às vezes você vai ter que tomar decisões das quais nem todo mundo vai gostar. Mas se acha que é a coisa certa a fazer, você tem que fazer. Mesmo que seu namorado não goste. Mesmo que Victoria não goste. Diabos, mesmo que papai e eu não gostemos. Tem que começar a confiar em si mesma.”